Design de interiores: lojas de design e decoração que eu queria conhecer!

Uma das atividades do designer de interiores é pesquisar lojas e produtos interessantes para os seus clientes. Assim, quando um projeto requer algo específico, temos uma lista de lojas para consultar preços e adquirir peças diferenciadas. Acontece que, em meio a este levantamento, uma ou outra loja pode acabar caindo no nosso gosto pessoal. 

Entre tantas lojas convidativas, tem aquelas que sempre acompanho nas redes sociais e que gostaria muito de conhecer pessoalmente por me identificar com o estilo dos produtos. Brasileiras: Estúdio Glória, Desmobília e Loja Teo, e as estrangeiras: Cartolina e DEPA Design Store. Vou contar um pouquinho o que despertou a minha atenção em cada uma delas. 

Foto: reprodução / Estúdio Glória. Rua Mateus Grow, 576, São Paulo. 

Pelo que eu me lembre, a primeira vez que ouvi falar do Estúdio Glória foi por meio da Chris Campos. Tem um livro de sua autoria, "A casa e a cidade", em que a jornalista compartilha 242 endereços de São Paulo com dicas de lojas de decoração para os mais variados gostos. Achei o Estúdio Glória nas indicações para quem gosta do estilo retrô. 

A loja faz um trabalho incrível de reaproveitamento de móveis antigos. Adoro a repaginada nos sofás e poltronas de época com tecidos estampados contemporâneos, deixando tudo mais vivo e colorido. Os estofados dão cara nova para uma peça clássica dos anos 60. As imagens do Estúdio Glória na internet mostram um espaço comercial bem curioso e colorido. 

Foto: reprodução / Desmobilia. Rua Mateus Grow, 401, São Paulo, SP.

A Desmobília é outra loja que encontrei no livro da Chris Campos na parte de casas no estilo retrô. Foi criada no Paraná, no finalzinho dos anos 90, trazendo ao público móveis de design e também peças antigas repaginadas por meio de estampas e cores. 

Acho que a Desmobília é uma das poucas lojas no Brasil que trabalha com o vintage industrial e o upcycle. Tem um exemplo aqui no blog do estilo vintage industrial no post sobre a cenografia do filme "Para Sempre". Já o upcycle investe no reaproveitamento daquelas peças que seriam descartadas para construir novos objetos. Também gosto muito desses estilos bem diferentes! 

Foto: reprodução / Loja Teo. Rua João Moura, 268 e Rua Javaés, 454, São Paulo, SP. 

Descobri a loja Teo em uma postagem da Bel Lobo no Instagram, quando a arquiteta veio a São Paulo no evento de lançamento da sua coleção "Vira e Mexe" para Tok&Stok. Fui investigar do que se tratava e descobri que a loja é especializada em móveis e objetos originais das décadas de 40 a 70 do século XX. 

Além da seleção minuciosa, a equipe de curadores da loja Teo também se ocupa de restaurar as peças de época antes de colocá-las à venda. Fiquei muito curiosa para conferir os móveis representantes do modernismo brasileiro. Alguns eu vi de perto, sem poder mexer, em museus e exposições.

Foto: reprodução / Cartolina. 652 Baker St, Nelson, BC, Canadá.

Entre as lojas estrangeiras que eu queria conhecer está a loja Cartolina, cujo blog da fundadora (Fiona Richards) acompanho há um bom tempo. A Cartolina é especializada em cartões e artigos de papelaria com inspiração vintage, que são vendidos pela internet, em sua loja física no Canadá e em museus e lojas famosas pelo mundo, como a inglesa Harrods. 

A própria Fiona ressalta como forte influência no seu trabalho o convívio com seus avós e os artefatos curiosos que colecionavam em sua casa escocesa de trezentos anos. Fiona fez uma releitura de todo esse design de antigamente e o resultado a gente percebe nos belos produtos da sua loja. Gosto especialmente dos mapas e dos cartões com diversos desenhos de inspiração vintage.

Foto: reprodução / DEPA Design Store. Rua Jose Sabogal 293, La Aurora, 18 Miraflores, Lima, Peru. 

DEPA Design Store é uma loja que conheci por meio de um blog peruano, cuja autora (Augusta Pastor), além de blogueira, é arquiteta e desenha móveis e objetos para projetos de interiores. A DEPA é uma loja onde é possível encontrar trabalhos como o da Augusta e de outros designers peruanos.

Dá para ver pelas fotos que a loja tem muita coisa à venda, mas fiquei bem curiosa pelos artigos que buscam inspiração nos Incas, civilização antiga que viveu na região andina, especialmente no Peru. Acho muito bacana o resgate e a valorização da cultura local pelos designers e artistas peruanos. Por meio desses trabalhos dá para entender um pouco como nossos vizinhos latinos vêm explorando o mundo do design e da decoração.

Para saber mais sobre as lojas é só clicar nos links em laranja. Quem visitar alguma delas não deixe de compartilhar suas impressões nos comentários. E, claro, se eu tiver a oportunidade de conhecê-las, venho aqui contar tudo!

Decoração: achadinhos para o lar numa visita ao supermercado

Sabe o que uma simples visitinha ao supermercado pode resultar? Em muitos achadinhos decorativos! Encontrei três linhas de objetos para o lar super interessantes no Pão de Açúcar: uma linha retrô com canecas, bules e outros itens, uma linha colorida de panelas, caçarolas e outra de bowls de bambu. Uma agradável surpresa achar todas essas opções no supermercado!

Começando pela linha retrô, como gosto muito deste estilo, achei ótimo encontrar opções também no supermercado. Já falei aqui no blog da minha caneca esmaltada retrô. Fato é que nem sempre temos a oportunidade de adquirir peças antigas de verdade ou herdá-las de família, então o objeto retrô, que se inspira no vintage, pode atender bem nossas necessidades e desejos. 

Agora o que eu achei mais divertido dessa linha à venda é que além das formas e desenhos retrôs, os objetos tem pequenas marquinhas imitando o desgaste do tempo. Veja mais detalhes nas fotos: 

Adorei esse conjunto branquinho de porcelana. Faltou na foto a caneca no mesmo estilo. 

Uma caneca tamanho G para tomar uma sopinha. Na foto dá para ver bem a imitação de desgaste. 

Outras opções de caçarolas, potes e travessas de diversos tamanhos no estilo retrô. 

A linha colorida lembra a marca francesa Le Creuset com suas famosas panelas de ferro fundido esmaltado e diversas peças de cerâmica coloridas, que devem ter servido de inspiração. A linha que encontrei no supermercado também é bem variada, inclui travessas, caçarolas, manteigueiras, copos, variando nas cores e tamanhos. 

Gostei especialmente do mini pote de coração que eu usaria para servir um brigadeiro e para decorar a cozinha. É muita fofura! As peças dessa linha ganham destaque em cozinhas neutras para quem está procurando dar um toque de cor. 

Copos, manteigueiras e o mini potinho de coração <3

Caçarolas, travessas, jarras e bowls de diversos tamanhos e formas. 

Já a linha de bambu tem bowls de vários tamanhos e formas, sendo que algumas peças são pintadas por fora. Gosto muito da ideia de usar peças de madeira para servir comidas e decorar, aproveitando as referências à cultura oriental com o uso do bambu.

Bowls e fruteiras de bambu.  

Antes de comprar as peças é importante ficar atento às informações específicas de cada produto, como composição, modo de usar e limpeza. Às vezes, a peça é bonita, mas não atende à sua necessidade de usá-la no microondas, por exemplo. E agora me conta, qual estilo você gostou mais? 

Cenografia: exposição "PETS" em Santos-SP

Ontem, dia 26 de janeiro, foi aniversário da cidade de Santos e como o dia estava lindo aproveitei para conferir de perto a exposição "PETS" no Parque Municipal Roberto Mário Santini (Emissário Submarino de Santos). O trabalho é do artista Eduardo Srur, conhecido por suas diversas intervenções urbanas em São Paulo. 

Foto: esculturas na forma de garrafas de refrigerante PETs em várias cores.

Gosto bastante deste tipo de arte ao ar livre, quando o artista interfere no espaço e cria algo diferente que desperta nosso interesse e nos faz pensar sobre os motivos daquele trabalho estar ali. É claro que há um porquê pessoal do artista, mas muitas outras interpretações são possíveis. 

Quando fiz o curso de cenografia contemporânea na Escola São Paulo aprendi um pouco mais sobre intervenções urbanas desenvolvidas por cenógrafos e outros profissionais. Uma das questões que discutíamos no curso era como utilizar o espaço público da cidade, que pode ser um parque como o do Emissário de Santos, para expressar um conflito presente naquela realidade. 

No caso do trabalho do Eduardo Srur o conflito sugerido é o lixo x natureza e como nós estamos tratando um bem tão precioso como a água. A intervenção do artista não é fixa, assim como também não são aquelas garrafas PETS que acabam nas margens dos rios poluídos ou encalhadas nas areias da praia. 

A exposição PETS passou pelas margens do rio Tietê e pela represa Guarapiranga, em São Paulo. Achei super oportuna a passagem da mesma por Santos e sua instalação em pleno Emissário Submarino. O meu olhar crítico foi despertado especialmente pelas dimensões escolhidas para as garrafas, todas gigantes, como se fossem rolar por cima de nós, caso não cuidemos adequadamente do nosso lixo. 

Veja por fotos mais detalhes da instalação:

Foto: escultura na forma de garrafa de refrigerante PET na cor verde. 

Foto: escultura na forma de garrafa de refrigerante PET na cor verde. 

Foto: escultura na forma de garrafa de refrigerante PET na cor laranja. 

Foto: escultura na forma de garrafa de refrigerante PET na cor verde. 

Foto: detalhe da base de apoio sob a escultura formada por inúmeras garrafas PETS reais.

Fotos: exposição "PETS" no Emissário Submarino de Santos - SP (acervo pessoal)

A exposição "PETS" chegou a Santos para as comemorações de aniversário da cidade que fez 469 anos nesta segunda-feira e ficará no Parque Municipal Roberto Mário Santini (Emissário Submarino de Santos) até dia 01 de fevereiro (domingo). 

Para conhecer mais sobre o artista Eduardo Srur e seus trabalhos clique no link em laranja. Quem ficou motivado a reaproveitar a garrafa PET dá uma espiada no post "novos usos para velhos objetos" e confira uma ideia bacana de transformá-la em vaso. 

Design de móveis: Cadeira Shell, Cadeira Sorriso ou Tree-legged Chair?

Cadeira Shell, Cadeira Sorriso ou Tree-legged Chair? É uma dúvida que sempre me intrigava nesta cadeira chamada de nomes diferentes por aí. Antes de mais nada, a Cadeira Shell é um dos belos trabalhos do designer dinamarquês Hans J. Wegner que criou muitas cadeiras de madeira que se tornaram famosas ao longo de seus 92 anos de vida. 

A afinidade de Hans J. Wegner com a madeira despertou cedo. Com 17 anos já era aprendiz em uma oficina de carpintaria na sua cidade natal na Dinamarca onde criou seus primeiros desenhos. Quando se mudou para a capital Copenhague, na década de 30, entrou em contato com exposições e fez cursos nas áreas de design e arquitetura. 

Ainda jovem, Hans J. Wegner estabeleceu importantes parcerias com o arquiteto Arne Jacobsen e com o marceneiro Johannes Hansen, responsável por difundir o design moderno entre os dinamarqueses. Na década de 40 abriu seu próprio escritório de design e ao longo de sua trajetória profissional foi reconhecido como um dos maiores designers de móveis do mundo. 

Na Cadeira Shell desenhada por Hans J. Wegner podemos observar um trabalho meticuloso com a madeira, que neste modelo aparece em forma de compensado. O design da cadeira transmite a leveza e o minimalismo comuns em outras peças do designer. Dependendo da posição que olhamos parece mesmo um grande sorriso. Outra característica marcante do desenho é a presença de apenas três pernas. 

Os modelos da Cadeira Shell à venda nos dias de hoje tem estrutura de madeira em diversas cores e tons. Os estofados também são variados nos tipos de tecido e estampas. Por ser uma cadeira grande com jeito de poltrona fica muito bem sozinha em um cantinho de repouso e leitura, assim como para conversar tranquilamente em uma sala de estar. Veja algumas inspirações: 

Cadeira Shell também conhecida como Cadeira Sorriso ou Tree-legged Chair. 

Foto: reprodução / Pinterest. Gostei da ideia de duas cadeiras diferentes em torno da mesa de centro. Boa proposta para bater um papo ou contemplar a paisagem. 

Foto: reprodução / Pinterest. Se for utilizar a Cadeira Shell para um cantinho de leitura não se esqueça de colocar uma luminária como esta de chão. 

A variedade de nomes das cadeiras de Hans J. Wegner não é de se estranhar. Depois que pesquisei mais informações sobre o seu trabalho descobri que o designer simplesmente não gostava de dar nome a elas, apenas indicava o número do modelo. Os nomes, portanto, são "apelidos" que as cadeiras foram recebendo de seus admiradores. 

Para quem ficou interessado em adquirir a Cadeira Shell vale a pena dar uma espiadinha na Essência Móveis e conferir o preço no Bazar 2015. É só clicar no link em laranja.

Variedades: bolo de nozes de família

O primeiro post da coluna "variedades" em 2015 é uma deliciosa receita de família: bolo de nozes. Já perdi as contas de quantas vezes comi este bolo nas festas de fim de ano. Por aqui, a gente costuma fazer no Natal ou no Ano Novo, mas nada impede de prepará-lo em outras datas festivas!

A receita desse bolo de nozes não é difícil, mas demanda um pouco de tempo, pois tem que preparar três itens: massa, recheio e cobertura. Ponha na conta também o tempo para quebrar as cascas das nozes que serão usadas no recheio e para enfeitar o bolo. Uma boa ideia para deixar tudo mais ágil e divertido é motivar a família a colocar a mão na massa!

Foto: Bolo de nozes (acervo pessoal)

Ingredientes

Para a massa:
• 5 ovos
• 2 copos cheios de açúcar
• 2 copos de farinha de trigo
• 1 colher (sopa) de fermento em pó
• 1 copo de leite
• 1 colher (sopa) de manteiga

Para o recheio:
• 3 gemas (reserve as claras para a cobertura)
• 2 colheres (sopa) de chocolate em pó
• 500 g de nozes moída e um pouco de leite
• Açúcar a gosto

Para a cobertura (usei a receita do Bolo Surpresa da Chris Campos):
• 3 claras
• 2 xícaras (chá) de açúcar
• 1 xícara (chá) de água
• 1 colher (sobremesa) de essência de baunilha

Modo de fazer a massa

Primeiro, bata na batedeira as claras em neve. Junte as gemas com 2 copos cheios de açúcar e bata como pão de ló. Depois, misture a farinha de trigo e o fermento em pó.

Coloque 1 copo de leite para ferver e, quando estiver fervendo, adicione 1 colher de manteiga ao leite. Despeje a mistura aos poucos na massa, mexendo bem.

Leve para assar em duas formas redondas untadas e polvilhadas.

Modo de fazer o recheio

Leve todos os ingredientes juntos ao fogo, mexa bem e desligue quando aparecer o fundo da panela (sem perder a textura molhadinha). Como o açúcar é a gosto, enquanto faz o recheio, experimente para ver se está pouco ou muito doce para o seu paladar. 

Modo de fazer a cobertura

Em uma panela ferva a água, o açúcar e a baunilha. Bata as claras em neve. Depois que a calda ficar levemente engrossada, despeje a mesma ainda quente sobre as claras em neve e continue batendo por uns quinze minutos. Rende bastante marshmallow! 

Finalização

Usamos duas formas para assar a massa, assim ficou mais fácil de montar o bolo. Espere esfriar e desinforme a primeira parte do bolo sobre um prato e espalhe o recheio com uma espátula, depois cubra com a outra parte. Enfeite com a cobertura de marshmallow e as nozes.

Quem gosta muito de nozes como eu pode espiar outra receita que postei no blog em janeiro de 2014: tentativa de fazer camafeus de nozes em casa! A ideia era aproveitar as nozes que sobraram do Natal para fazer este docinho delicioso que, assim como o bolo, eu comeria o ano inteiro se pudesse! 

Design de interiores: o porta-papel de mesa triplo da coleção "Vira e Mexe"

Hoje vou falar da minha experiência com outro produto da coleção "Vira e Mexe" da Bel Lobo para Tok&Stok: o porta-papel de mesa triplo. Comprei no mesmo dia em que fui trocar a minha "extensão da casa" que já fiz resenha no blog. Vou explicar neste post porque não resisti e arrematei mais este item da coleção, que tem me agradado bastante na organização da minha mesa de trabalho. 

"Porta-papel de mesa triplo", coleção "Vira e Mexe", desenvolvido pela Bel Lobo e m.o.o.c para Tok&Stok. Dimensões: 20 cm (A) x 27,5 cm (L) x 37 cm (P).

A área de trabalho na minha estante é pequena, mas pode ficar bem bagunçada e nada funcional, se não tiver atenção. Para complicar, eu não projetei uma gaveta sob a minha bancada para aquelas miudezas e papéis diversos que fazem parte da rotina de um home office. Acho que este é mais um item que mudaria no projeto da minha estante. Por outro lado, ter um porta-papel também é bem interessante, porque você pode levá-lo facilmente para outros ambientes.

Foi neste contexto de necessidade de aproveitamento e organização de espaço que o porta-papel da coleção "Vira e Mexe" foi arrematado. Com ele ganhei três bandejas para organizar meus itens de escritório. Na bandeja superior guardo miudezas (post-it, clipes, pendrive) e minha agenda do ano, na segunda, correspondências e na terceira, blocos de anotações e outros documentos. Dá para organizar por prioridades também, deixando à vista o que for mais urgente.

Tenho gostado muito de usar o porta-papel ao lado do meu computador e apesar dele ter deixado o espaço um pouco mais apertado, só de ver que não está desordenado, fico até mais produtiva...hehe...Quando preciso de mais espaço é só retirá-lo da mesa com tudo dentro, o que é bem prático.

Segundo a descrição do produto, o porta-papel de mesa triplo da coleção "Vira e Mexe" é feito de madeira maciça de reflorestamento (Pinus Elliot) na cor natural com acabamento em verniz, sendo que o fundo da bandeja e as dobradiças são em MDF nas cores laranja ou anis. Escolhi a laranja, claro!

O porta-papel de mesa triplo tem duas posições: fechada e aberta. Utilizo sempre aberto para facilitar o manuseio dos itens em cada bandeja. Dimensões aberto: 16 cm (A), 27,5 cm (L), 55,5 cm (P). 

Detalhe do fundo do porta-papel em MDF com protetor adesivo de silicone para não riscar os móveis (já veio colado). 

Fotos: Porta-papel de mesa triplo da coleção "Vira e Mexe" (acervo pessoal)

Nas recomendações da Tok&Stok há um alerta para o peso máximo suportado por cada bandeja (2kg) e para a limpeza do porta-papel recomendam um pano levemente umedecido com água e depois passar um pano seco. Como o porta-papel é feito de madeira maciça, cada peça tem os veios e os nós de diferentes tamanhos, além do delicioso cheirinho de madeira.

Aliás, a Bel Lobo também anda usando a sua coleção "Vira e Mexe" no seu novo programa do canal GNT: "Lá fora com Bel Lobo". No último episódio "Horta comunitária" foi montado um escritório temporário no local da obra com vários itens da coleção, onde a Bel Lobo podia estudar as plantas do projeto com sua equipe.

Design de móveis: Bazar da Essência Móveis (2015)

No mês de janeiro as lojas virtuais e físicas começam a anunciar diversas promoções. Estou sempre de olho naquelas marcas e produtos que me interessam para ver se o desconto vale o investimento. Uma dessas lojas é a Essência Móveis que já está no seu terceiro bazar virtual.

Bazar Essência Móveis 2015

O Mega Bazar da Essência Móveis acontece só no mês de janeiro quando os descontos dos produtos podem chegar até 70%! Neste ano de 2015, o período de ofertas vai do dia 19 de janeiro até o dia 26 de janeiro. 

Para participar, fique atento: a Essência oferece uma pré-venda exclusiva no dia 18 de janeiro aos internautas que cadastram seu e-mail no Acesso VIP do Bazar 2015 da Essência Móveis (clique no link em laranja). Com esse cadastro você participa também de sorteios de cupons de desconto no valor de R$500 reais para gastar na loja!!

Diferentemente do Outlet, também promovido pela Essência Móveis, que costumo anunciar no blog, nesse Bazar de janeiro, as peças são totalmente novas e o desconto de algumas delas chega a ser maior que o do Outlet. 

Já dei uma olhada na listinha que a Essência publicou sobre o Bazar 2015 e entre os produtos com desconto estão alguns que já apareceram em posts no blog para quem quiser conhecê-los melhor e buscar inspirações de uso: 

• Cadeira DKR e Cabideiro Hang it All: apareceram no post sobre o casal Charles e Ray Eames.
• Candeira Panton: apareceu no post Cadeira Panton para todos os gostos. 
• Abajur Poláris: apareceu no post sobre a cenografia do clipe da música "Escolho você" da Sandy Leah. 

Quem está mobiliando sua casinha, vale a pena ficar de olho! Muito mais produtos estarão com descontos, lembrando que o bom consumo é aquele bem planejado na época de ofertas!

Bazar Essência Móveis 2015

Decoração: lambe-lambe nas paredes

Já ouviu falar de lambe-lambe? Se você nunca ouviu falar, acredite, até certo tempo atrás eu também não sabia direito o que era, na verdade, eu conhecia, mas não associava o nome ao objeto! Entendi melhor quando fiz um curso de cenografia na Escola São Paulo e o projeto interdisciplinar do qual participei tinha como produto final um lambe-lambe.

E o que é um lambe-lambe? Lambe-lambe nada mais é do que um tipo de cartaz de papel comumente utilizado para expressar arte e ideias em postes, paredes, viadutos e outros espaços públicos da cidade. Existe também a produção em série com finalidade propagandística. Hoje em dia, além das ruas, é possível vê-los decorando ambientes comerciais e residenciais. 

Foto: Instalação dos lambe-lambes em um tapume de madeira de 2,20 m x 6,0 m no Largo do Arouche para o projeto interdisciplinar da Escola São Paulo. 

Depois de participar desse projeto da Escola São Paulo passei a observar com mais atenção os lambe-lambes pelas ruas e pela internet onde encontrei muitas ideias criativas. Para quem gosta deste tipo de arte urbana o lambe-lambe é uma maneira de levá-la para os interiores comerciais e residenciais.

É comum vermos nesses cartazes artísticos desenhos, imagens, frases motivadoras ou de protesto escritas em diferentes tipos de fontes e cores. Além da arte, o que me chama a atenção é o alto potencial dos lambe-lambes de transformar a decoração dos ambientes sem gastar muito tempo nem dinheiro.

O lambe-lambe é uma ideia muito bacana para quem mora de aluguel, por exemplo, e quer intervir no ambiente sem reformas nem custos altos. Sendo assim prático, podemos inseri-lo entre as dicas de decoração de paredes que compartilhei naquele post de casas e apartamentos alugados.

Foto: reprodução / Urban Arts. Achei linda essa parede de lambe-lambes e gostei dos tons das cores não serem fortes, deixando a atmosfera mais clean. 

Foto: reprodução / Urban Arts. Um ambiente de criação como um ateliê é um lugar ótimo para encher de lambe-lambes com desenhos ou frases inspiradoras. 

Foto: reprodução / Decora GNT. O episódio "Énóis no Decora" tratava de uma agência-escola de duas jornalistas engajadas de São Paulo. O local de trabalho reformado ficou ainda mais inspirador com os lambe-lambes. 

Foto: reprodução / Decora GNT.Adorei a ideia de aproveitar a parede da escada e a porta para instalar os lambe-lambes. 

Sobre a impressão e aplicação do lambe-lambe é possível combinar com a gráfica os dois serviços. No projeto do episódio "Énóis no Decora" o custo da impressão mais instalação dos lambe-lambes foi de R$800 reais. Existem também kits de lambe-lambes artísticos à venda em lojas especializadas. Quem gosta de por a mão na massa pode comprá-los e aplicar nas paredes com uma cola caseira. 

Para fazer a cola caseira li uma receita que mistura polvilho, água e vinagre. É possível também adicionar cola branca líquida com água na proporção 1 para 2 e fazê-la render bastante. Pode aplicar a cola na parede, no verso e na frente do lambe-lambe com aqueles rolinhos de espuma ou pincel. Quem quer mais dicas de preparação da cola e aplicação do lambe-lambe dá uma lida neste post no site do Greenpeace.

Design de interiores: louças sanitárias escuras em banheiros e lavabos

Em visitas a mostras de design e decoração como a Casa Cor é comum ver tantas informações novas que acabo deixando algumas delas para comentar depois. Preferi fazer um post específico para falar de uma característica comum que encontrei nos projetos de banheiros e lavabos de ambas as mostras: as louças sanitárias escuras. 

Revendo as fotos da Casa Cor São Paulo 2014 e da Casa Cor Litoral SP 2014 percebi que a opção por assentos, bacias e cubas escuras apareceu em diversos banheiros e lavabos com destaque para o uso do marrom e do preto. Achei essa escolha dos profissionais interessante, pois me lembrei do evento da Cerâmica Portinari, quando a assessora de imprensa da empresa comentou que o revestimento preto não era tão bem aceito entre os brasileiros até pouco tempo atrás. 

Conversei com algumas pessoas sobre lavabos e banheiros mais antigos e também não me recordo da louça sanitária preta ou marrom ser mencionada como cores da moda. Mas como a moda muda de tempos em tempos, a julgar pelas mostras e eventos de fabricantes de revestimentos e louças sanitárias que fui no ano passado, há uma aposta no uso de peças em tons escuros, que deixariam o projeto mais requintado, segundo as descrições dos profissionais. 

Veja algumas imagens de banheiros e lavabos na edição 2014 da Casa Cor São Paulo e Casa Cor Litoral SP: 

Ambiente "Brinquedoteca" - projeto Maite Maiani (Casa Cor São Paulo 2014). Por ser uma brinquedoteca inspirada na caverna do Batman, achei que a louça sanitária preta combinou bem com o conceito do projeto. A bacia quadrada também é um diferencial. 

Ambiente "Suíte do Aviador" - projeto Leonardo Nardella e Lêda Nardella (Casa Cor Litoral SP 2014). No banheiro do aviador o preto fosco das louças sanitárias reforça a atmosfera masculina e refinada. Gostei também da harmonia entre os tons escolhidos para o piso, bancada e parede. 

Ambiente "Studio da Blogueira" - projeto Graziela Garavati (Casa Cor Litoral SP 2014). Este é o lavabo do Studio da Blogueira e imagino que a ideia da designer foi criar uma atmosfera fashion e luxuosa inspirada no preto da marca Chanel que aparece em outras partes do projeto. Para um banheiro residencial o contraste de tons nas pastilhas pode se tornar cansativo para o usuário. Detalhe para o papel higiênico na cor rosa! 

Ambiente "Suíte do Casal" - projeto Carina Fontes (Casa Cor Litoral SP 2014). Gostei bastante deste banheiro preto, branco e dourado, a composição não ficou pesada nem fria demais. Optar por duas cubas em banheiros espaçosos pode facilitar muito o dia-a-dia do casal. 

Ambiente "Suíte do Casal" - projeto Carina Fontes (Casa Cor Litoral SP 2014). Detalhe da bacia preta fosca e dos acessórios dourados. A paginação de piso complementa a atmosfera sofisticada. 

Ambiente "Lavabo do Morador e Hall Íntimo" - projeto Marcia Debski (Casa Cor Litoral SP 2014). Neste lavabo os tons acobreados e dourados predominam e a bacia marrom fosca foi uma boa opção. 

Ambiente "Lavabo do Morador e Hall Íntimo" - projeto Marcia Debski (Casa Cor Litoral SP 2014). Detalhe para cuba sobre a bancada de mármore ônix. O contraste dos tons fortes e fracos torna a composição neutra bem mais interessante. 

Em resumo, a escolha das cores deve ser pautada pela atmosfera que se quer criar no ambiente. No caso de banheiros e lavabos residenciais a escolha das cores deve ser feita com cuidado para que o usuário não se canse muito rápido, já que as reformas podem ficar caras. É bom lembrar que, se o ambiente é pequeno e mal iluminado, os tons escuros podem dar a sensação de um espaço ainda menor e mais escuro. A sujeira fica menos aparente, mas aquela poeira indesejada se revela.  

E você, gosta de louças sanitárias escuras em banheiros e lavabos? Conte aqui nos comentários!!  

Decoração: minha caneca esmaltada retrô

No ano passado eu estava atrás de uma canequinha para levar na bolsa. A primeira tentativa foi com uma caneca de cerâmica que durou pouco, caiu e quebrou, sem chance de conserto. Continuei minha busca até encontrar um modelo de caneca esmaltada retrô que ganhou meu coração. Aliás, já falei aqui no blog o quanto eu gosto de canecas no post "com quantas canecas se faz uma coleção?".

Caneca esmaltada com estampa retrô da marca Vaca & Cia.

Toda vez que eu via uma canequinha dessas me lembrava daquela simplicidade típica dos objetos utilizados em casas do interior. Há pessoas que se sentem no aconchego da casa dos avós usando objetos assim. Acho que se a lembrança for boa, acaba sendo muito motivante inserir um item desses no seu dia-a-dia.

Deve ser por isso que eu gosto tanto de objetos no estilo retrô e vintage, pois me trazem boas lembranças. Imagina quando vi a linha Zezé na Tok&Stok com itens variados neste estilo: caneca, chaleira, leiteira, marmita! Fiquei encantada, ainda mais pelo fato da coleção ter o nome da minha saudosa tia Zezé, cuja casa (no interior) era a mais arrumada e perfumada que já conheci. 

Bule e chaleira esmaltadas da linha Zezé da Tok&Stok.

Canecas, açucareiros e marmitas esmaltadas da linha Zezé da Tok&Stok.

Outra descoberta interessante foi encontrar duas canecas esmaltadas da companhia Lloyd Real Hollandez na exposição do Museu da Imigração. No começo do século XX vapores da companhia holandesa trouxeram muitos imigrantes para o Brasil, que desembarcaram nos portos de Santos e Rio de Janeiro. Os objetos utilizados nas refeições a bordo, como as canecas, eram produzidos em série para uso dos passageiros. Estas duas são vestígios dessa época: 

Canecas de metal esmaltadas da companhia Lloyd Real Hollandez, acervo do Museu da Imigração. 

Fotos: Canecas de metal esmaltadas (acervo pessoal)

E como é o uso da caneca na prática? 

Segundo as descrições técnicas que investiguei as canecas fabricadas nos dias de hoje são feitas de aço ou alumínio esmaltado, também conhecidas como canecas "de ágata". Há também informações de que o esmalte utilizado nas peças fabricadas antes dos anos 80 podia transmitir elementos tóxicos para os alimentos. 

O esmalte aplicado na superfície pode prolongar a retenção do calor, dependendo do número de camadas, contudo, os metais são bom condutores e a alça da minha caneca fica muito quente por alguns minutos, por isso é bem difícil segurá-la assim que o café é colocado. Tem o lado bom de ser super leve, fácil de transportar, lavar e não quebrar como a cerâmica, mas no meu caso prefiro utilizá-la para bebidas frias.

Como comentei acima, encontrei outros utensílios domésticos nessa linha retrô como bules, leiteiras, chaleiras, marmitas e panelas. Para não nos restringirmos ao uso comum dessas peças como recipiente para alimentos, que tal utilizá-las na decoração? Veja algumas inspirações:

Foto: reprodução / Pinterest. Que tal fazer o bule azul virar um vaso de flores? O contraste das cores é lindo!  

Foto: reprodução / Pinterest. Esta ideia é daquelas ousadas de dar um uso inusitado para o objeto, no caso, canecas transformadas em luminárias. Imagina essa ideia em um local de tomar café, eu aprovo! 

Foto: reprodução / Pinterest. Adorei os pequenos nichos de canecas esmaltadas para colocar paninhos, guardanapos e ainda aproveitando a alça para pendurá-los. Pode ser útil em um local de preparação de alimentos e refeições. 

Museu: visita ao Museu Pelé, Santos-SP

Um dos museus que eu queria visitar na minha cidade, Santos, era o Museu Pelé, inaugurado em 2014. Minha curiosidade maior era ver o antigo edifício do largo Monte Alegre no bairro do Valongo reconstruído. Em outros tempos, ele estava em ruínas e abandonado, uma imagem triste e distante do que eu via nas fotografias históricas do local. 

Foto antiga (1900) do edifício do largo Monte Alegre, onde atualmente está o Museu Pelé. 

Este foi um edifício comercial importante no centro de Santos durante décadas. Vários escritórios estiveram por lá trabalhando nos negócios de importação e exportação. Foi construído para fins comerciais em frente à estação de ferro São Paulo Railway, na segunda metade do século XIX, período histórico conhecido como o auge da economia cafeeira, quando porto e cidade passavam por intensas transformações. Mais recentemente, por conta de uma sucessão de incêndios, o edifício foi se deteriorando a ponto de restar apenas as paredes em ruínas.

Foi a partir dessas paredes sobreviventes que começou o processo de restauração. O levantamento do que restou da edificação junto às fotografias antigas foram essenciais para o projeto de reconstrução das paredes externas e dos demais elementos arquitetônicos em cuja reforma se preservou o estilo neoclássico original. Já os interiores do edifício, que era composto por três pavimentos com corredores e salas comerciais, foram repensados em um novo projeto adequado ao Museu Pelé e seu público. 

Fotos das obras de restauração do edifício onde está o Museu Pelé. Veja na primeira foto (canto superior esquerdo) o edifício em ruínas. Impressionante!

Sobre a exposição, quem visitar o Museu Pelé, poderá rever momentos importantes da carreira futebolística do jogador, como suas participações nas Copas do Mundo, por meio de objetos de época, fotografias e vídeos. Preste atenção na réplica de Pelé (de cera e em tamanho real!), no troféu Bola de Ouro da FIFA, na réplica do troféu Jules Rimet e na TV verde e amarela, presente de JK aos campeões do mundo de 58. 

A parte interativa da exposição também é bem interessante ao recriar cenários do futebol. Você pode chutar uma bola em gol, driblar adversários, descobrir se é tão veloz quanto Pelé numa arrancada, assistir ao diálogo dos jogadores no vestiário e à entrada em campo na final da Copa de 70. Ao final do passeio vale tomar um cafezinho bem saboroso na parte central do edifício. 

Objetos em exposição: TV verde e amarela, presente de JK aos campeões do mundo de 58, réplica do troféu Jules Rimet, troféu Bola de Ouro da FIFA e réplica de Pelé (de cera em tamanho real).

Interior do Museu Pelé com mezaninos conectados por rampas laterais com vistas para todos os pavimentos. 

Exterior restaurado do edifício do largo Monte Alegre que hoje abriga o Museu Pelé no bairro do Valongo em Santos. 

Fotos: Museu Pelé, Santos / SP (acervo pessoal)

Endereço:

Largo Marquês de Monte Alegre s/n (Antiga Rua São Bento, 392), Valongo - Santos / SP

Horário de funcionamento:

De terça a domingo, inclusive feriados, das 10h às 18h.

Ingresso:

R$18 / R$9 (meia-entrada). Valor especial nas terças-feiras: meia-entrada para todos.

Mais informações no site oficial:

Museu Pelé