sábado, 30 de janeiro de 2016

Variedades: pequeno roteiro gastronômico em Belo Horizonte (MG)

Um dos meus maiores prazeres em viagens é experimentar comidas diferentes. Pode ser comida típica ou com alguma novidade, o importante é que seja boa. Para não ter erro, faço uma pesquisa prévia em blogs, aplicativos e peço dicas para quem já conhece o lugar. Na minha última viagem não foi diferente. Belo Horizonte é uma cidade ótima para comer e neste post vou compartilhar o pequeno roteiro gastronômico que fiz por lá.

Pão de queijaria - Belo Horizonte / MG
Pão de queijaria

Para comer o famoso pão de queijo mineiro escolhi A Pão de Queijaria. Tinha uma opção muito diferente no cardápio que era o sanduíche de pão de queijo, mas eu preferi o tradicional, sem recheio, com café de coador bem servido. Para acompanhar, podemos escolher manteiga de café ou patê de queijo canastra. Eu preferi o último. O lugar é pequeno, com ar descolado e jovial. Vi no Instagram da casa que estão fazendo uma reforma neste momento para atender melhor os clientes. 

A Casa Bonomi eu conferi no meu primeiro café da manhã na cidade. Já que era muito perto do meu hotel e amei o lugar, acabei voltando outras vezes. Pedi ovos caipiras mexidos, uma cesta de pães e café com creme. Nos outros dias experimentei o croissant de chocolate, a geleia de frutas vermelhas, um pão com canela e outro com nozes. Tudo feito na casa e delicioso. Ainda trouxe para casa um pão com queijo canastra super fofinho e de sabor bem mineiro. A decoração lembra uma fazendinha, com bastante madeira rústica, janelões antigos e um clima de interior muito aconchegante. 

Maria das Tranças - Belo Horizonte / MG
Maria das Tranças

Os pratos típicos experimentei nos restaurantes Maria das Tranças e Casa Cheia. Ambos possuem mais de um estabelecimento na cidade. O primeiro é famoso pelo frango ao molho pardo, prato admirado pelo ex-presidente mineiro Juscelino Kubitschek, que frequentava a casa mais antiga, na Pampulha. Conheci a unidade do bairro Savassi. Para matar a vontade pedi meia porção de frango ao molho pardo e meia de frango com quiabo, acompanhado de arroz e angu. A porção para uma pessoa é super bem servida e dá para duas pessoas. O lugar é grande, os detalhes em ferro e madeira dos móveis e as fotos dos clientes famosos ressaltam a cultura mineira.

No Casa Cheia me indicaram o prato de bife de fígado acebolado com jiló. Resolvi experimentá-lo na unidade Savassi (há também um estabelecimento dentro do mercado central). Achei que a dupla combinou perfeitamente, sabor suave e a porção para dois podia até ser maior. Acabei complementando com dadinhos fritos de queijo canastra. Muito bom também. O local me lembrou alguns barzinhos de Santos e São Paulo, onde o serviço é bem ligeiro e a decoração é mais urbana. 

Carina Pedro em frente ao Mural da Parada do Cardoso - Belo Horizonte / MG
Mural da Parada do Cardoso

Fotos: pequeno roteiro gastronômico em Belo Horizonte (MG) (acervo pessoal)

A Parada do Cardoso está em uma pracinha bonitinha do bairro de Santa Tereza. Lá, comi uma pizza bem gostosa no final de um dia de passeio. A massa é fininha e vem bastante recheio. Achei o cardápio super variado e dá para ficar na dúvida com tantas opções. O lugar é simples e o charme está no clima de happy hour e da prosa sem pressa dos frequentadores do bairro. 

Para finalizar o roteiro, recomendo uma lojinha para comprar queijos mineiros, a De-lá, que se define como um "empório que conecta os pequenos produtores de alimentos aos seus consumidores". Fui super bem atendida, experimentei todos os queijos do dia e tirei as dúvidas sobre os diferentes sabores. Escolhi levar o queijo da Serra do Salitre, cujo modo de fazer é patrimônio nacional. Ao comprá-lo, ajudamos as famílias envolvidas na produção a perpetuar essa delícia mineira!

Algumas indicações de onde comer em BH vieram da Camila Gomes do Blog Sim, Senhorita!, que foi super atenciosa ao tirar minhas dúvidas pelo seu perfil no Instagram. Para saber mais sobre essa viagem leia também o post "Minha experiência no Inhotim".

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Museu: minha experiência no Inhotim (MG)

Depois de ler e ouvir muitos relatos de pessoas encantadas com o Inhotim, chegou a minha vez de visitar esse museu de arte tão comentado! Antes de ir para lá, inseri no meu roteiro de viagem todas as dicas que encontrei sobre o lugar, desde preços, transporte, obras imperdíveis, serviços disponíveis, até roupas mais adequadas. Mesmo não saindo tudo como eu imaginava (choveu bastante!), posso dizer que minha experiência foi ótima. Neste post vou fazer um resumo de como foi o meu dia de passeio no Inhotim. 

Galeria Lygia Pape - Inhotim - MG
Galeria Lygia Pape.

O Inhotim fica em Brumadinho (MG) e para ir até lá (partindo de Belo Horizonte) optei pelo transporte rodoviário com a empresa Saritur. O ônibus sai da rodoviária de Belo Horizonte às 8h15 e chega por volta das 10h ao destino final. Foi uma viagem super tranquila e confortável, já que não precisei me preocupar com o percurso. Também já deixei comprada a passagem de volta, pela mesma empresa, às 16h30, horário de encerramento do Inhotim. É possível comprar as passagens previamente pelo site da Saritur, o que é mais garantido.  

Ao chegar ao destino já sabia que não precisaria pagar a entrada (quarta-feira é o único dia gratuito), mas o transporte interno custava R$25 reais por pessoa. Comprei o ingresso na bilheteria logo na entrada e não imaginava o quanto esse transporte seria imprescindível. Já ao final do dia, com a chuva e cansadas, algumas pessoas perguntavam se poderiam pagar o transporte no local onde estavam no parque. Não dá! Por isso é importante garantir a pulseirinha na bilheteria. Com ela, podemos pegar qualquer carrinho (tipo carro de golfe para até cinco pessoas) dentro das rotas separadas por cores no mapa do Inhotim e ir de um canto a outro. Só consegui conhecer o que planejei porque tinha os carrinhos à disposição durante o dia. 

Galeria Adriana Varejão - Inhotim - MG
Galeria Adriana Varejão.

Fiz uma seleção prévia das obras e galerias que queria ver e como eram muitas, resolvi não almoçar para ter mais tempo de passeio. Acredito que isso seja bem pessoal, cada um escolhe o ritmo da visita, a quantidade de galerias que quer conhecer, o tempo que quer ficar em cada obra, etc. Nesta primeira visita estava muito curiosa e queria ter uma visão geral do lugar. Em outra oportunidade levaria mais tempo em alguns espaços preferidos e visitaria outros que não foram prioridade dessa vez. Sim, dá para ver muita coisa em um dia, mas não tudo!  

As galerias são muito interessantes, na minha opinião, a mistura de arquitetura com arte disposta pelos interiores é irresistível. Senti uma sintonia perfeita desse conjunto artístico com a paisagem, o que torna tudo ainda mais envolvente. Já comecei bem na Galeria Lygia Pape, em seguida, com a obra de Adriana Varejão (rota laranja) que eu queria ver de perto desde que assisti a uma palestra do professor Paulo Garcez no Museu Republicano (veja mais no post sobre azulejos portugueses).

jardins do Inhotim - MG
Jardins do Inhotim.

No lado oposto (rota roxa) fiquei impactada com o trabalho de Matthew Barney e com o belíssimo edifício da Galeria Claudia Andujar. Quase ao final do dia visitei a Galeria Marilá Dardot (rota laranja) e suas famosas letras interativas, que são vasinhos de cerâmica com as quais conseguimos montar palavras de um jeito divertido, o tipo da foto "tenho que tirar" no Inhotim. A Galeria da Praça (rota amarela) também proporcionou uma experiência bem profunda com a instalação de Janet Cardiff e as vozes do coral da Catedral de Salisbury.

Algumas obras em espaços abertos também me chamaram a atenção, porém, com a intensidade da chuva em alguns momentos do dia, achei que a experiência acabou sendo comprometida. Foi o caso da famosa instalação de Chris Burden, "Beam Drop" e a "Viewing Machine" de Olafur Eliasson (rota laranja). A piscina de Jorge Macchi (rota laranja), onde achei que daria um mergulho, também não rolou. Por outro lado, ao passear em meio a chuva, senti um perfume maravilhoso da vegetação, que aliás era lindíssima e super rica em variedade de espécies. Há também jardins temáticos por lá, entre eles, o "Vandário", último espaço que visitei no dia. 

Obra Beam Drop de Chris Burden - Inhotim - MG
Obra Beam Drop de Chris Burden. 

Há bebedouros, banheiros e lanchonetes espalhadas pelo Inhotim. Eu levei uma garrafinha de água e salgadinhos em uma mochila para ser mais prática. Para andar na chuva a saída foi uma capa de plástico que vendia na lojinha ao lado da bilheteria, onde estão à venda outras lembranças para os visitantes. 

O mapa colorido que utilizei para planejar o passeio dá para baixar no site do Inhotim e as dicas que coletei antes da viagem são dos seguintes blogs: Casa de Colorir, Viaje na ViagemSim Senhorita, Thais Farage, Longe e Perto e Papo de Homem. Para ver mais fotos do Inhotim confira também o meu perfil no Instagram e no Pinterest. É só clicar nos links em laranja! =)

Carina Pedro na Galeria Marilá Dardot
Carina Pedro na Galeria Marilá Dardot. 
Fotos: minha experiência no Inhotim (MG) (acervo pessoal)

domingo, 10 de janeiro de 2016

Variedades: um passeio pelo Eataly (SP)

Quando li no blog da Ale Garattoni sobre a inauguração do Eataly (SP), em maio do ano passado, fiquei bem curiosa para conhecer o lugar, mais especificamente, para comer em um dos seus restaurantes de culinária italiana. Acabei indo só agora e o passeio acabou se estendendo por mais de duas horas! É realmente um lugar bem interessante. 

Eataly (SP): barraquinhas com frutas
Eataly (SP): barraquinhas com frutas. 

O que me chamou a atenção na descrição da Ale Garattoni sobre o Eataly foi a união de mercado e restaurantes no mesmo local, diferente da maioria dos empórios que conheço que têm muitos produtos especiais, mas não há um espaço reservado para alimentação. Poder olhar tantas gostosuras e depois sentar para degustar uma boa massa é bem mais legal! 

A variedade de artigos à venda no Eataly é impressionante. Vi produtos importados de marcas inéditas para mim, desde farinhas e azeites, até refrigerantes de diversos sabores. Alguns conhecidos nacionais, mas não tão fáceis de achar, também estavam por lá, como os produtos da Fábrica de Doces Prata de Águas da Prata, o carioquíssimo Brownie do Luiz e o ketchup Strumpf de Itu. 

Eataly (SP): massas, molhos, temperos, etc.
Eataly (SP): massas, molhos, temperos, etc.

Eataly SP: farinhas diversas.
Eataly SP: farinhas diversas.

As frutas, verduras e legumes ficam dispostos em charmosas barraquinhas na parte central do piso térreo, tudo identificado e bonito de se ver, como se pode observar pelas fotos que tirei por lá. No espaço ao redor ficam os enlatados, engarrafados, frios, alguns produtos para organização de alimentos, papelaria e os restaurantes. Quem senta para comer fica pertinho das gondolas, mas sem atrapalhar a circulação.

Foi difícil escolher entre tantas opções na hora do almoço, decidimos pela Panetteria, onde vendem pães não só bonitos como saborosos. Os nomes dos produtos estão em italiano e destaco a focaccia dolce especiale, um pão com frutas vermelhas, fofinho e doce na medida. Uma delícia! Para beber, caiu muito bem a soda Lurisia Aranciata com um gostinho de laranja bem gostoso.

Eataly SP: pães diversos da Panetteria.
Eataly SP: pães diversos da Panetteria. 
Fotos: um passeio pelo Eataly (SP) (acervo pessoal)

Para saber mais informações não deixe de visitar o site oficial do Eataly Brasil

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