sábado, 29 de agosto de 2015

Design de interiores: exercícios para entender o seu estilo ou o do cliente

Gosto muito de exercícios que nos estimulem a pensar sobre nós mesmos, nossos gostos e preferências pessoais. Estava lendo o e-book das consultoras da Oficina de Estilo, "Vista quem você é", e enquanto respondia as tarefas me lembrei de uma proposta parecida do livro "Terapia do Apartamento". Para quem está com dificuldades nesses temas pode ser um primeiro passo importante rumo ao autoconhecimento na moda e no design de interiores.

As meninas da Oficina de Estilo propõem alguns exercícios com palavras, usando nomes de objetos, lugares, qualidades, entre as quais temos que escolher as preferidas. Pode parecer meio sem sentido, mas no fim percebemos várias palavras repetidas que nos representam. Já o autor de Terapia do Apartamento faz algumas perguntas sobre como está o nosso lar neste momento. Ao respondê-las, dependendo do número de "sim", fazemos uma pontuação que nos leva a um resultado específico.

As perguntas desse segundo livro são divididas em quatro grupos de questões que representam o que o autor chama de cabeça, coração, respiração e ossos da casa. O grupo "coração" me chamou a atenção justamente pelas perguntas sobre o nosso estilo próprio de vestir, relacionando moda ao design. Responder "não" a pergunta sobre estar satisfeito com as próprias roupas é preocupante, já que isso pode ser uma indicação de que também não estamos sabendo fazer boas escolhas para a nossa casa. 

Uma outra maneira de analisar se estamos no caminho certo, segundo os dois livros, é nos perguntar sobre como gostaríamos de parecer para os outros, no que diz respeito às roupas ou a nossa casa. Por exemplo, gostaria que me achassem chique ou que minha casa é chique, que sou antenada ou que minha casa é descolada. O importante é que a descrição das outras pessoas esteja em sintonia com o que queremos mostrar ao mundo de verdade, daí a importância do autoconhecimento.

Ambos os livros propõem um passo-a-passo autônomo para que a gente evolua neste processo complexo que é o autoconhecimento, porém também considero a proposta interessante para o profissional que precisa compreender o seu cliente. Como expliquei no post em que tratei do briefing à criação do conceito, o designer de interiores costuma aplicar questionários para mapear o perfil dos moradores. Inserir exercícios e perguntas diferentes nessa etapa do briefing pode ser enriquecedor para ambos e resultar em projetos mais assertivos. 

Exemplo de estilos clássico e rústico

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