quinta-feira, 2 de julho de 2015

Design de interiores: cinco itens de um restaurante que merecem atenção especial

A última vez que fui conhecer um novo restaurante foi no meu aniversário (mostrei algumas fotos no meu Instagram: carina_pe). A experiência foi ótima, saí muito satisfeita, não só com a comida e com o atendimento, mas também com os elementos do design de interiores que achei muito bem resolvidos. Só que infelizmente isso não acontece sempre! Pensando sobre o tema, resolvi fazer uma continuação do post em que abordei os "cinco itens de uma casa que merecem atenção especial", só que mudando o foco para espaços comerciais de alimentação.

Também nesses espaços, como designer de interiores, é difícil não fazer uma análise mínima do que está diante dos meus olhos. Neste caso, por se tratar de um ambiente comercial, ter uma boa impressão dos interiores, pode colaborar para que eu me torne uma cliente assídua e faça uma boa propaganda do lugar. Como no post sobre residências, escolhi falar de cinco itens de um restaurante que não passam batidos pelos olhos atentos de um designer de interiores:

1. Revestimento inadequado: é importante saber que existem diversos revestimentos para piso e parede mais indicados para interiores comerciais. Na hora de escolher é preciso verificar as especificações do fabricante. A opção errada pode deixar o ambiente mais barulhento, mais inseguro e até aparentando mais sujo. Sabe aquele piso que até uma mínima gota aparece? Nada bom para espaços de alimentação onde é difícil evitar que coisas caiam no chão. 

2. Desconforto térmico: levo em conta tanto o excesso de frio causado por um aparelho de ar condicionado mal direcionado para nossa mesa, assim como o calor que a gente sente em um ambiente mal ventilado. Já aconteceu de mudar de lugar mais de uma vez até que eu me sentisse confortável no espaço e também de ficar sem opção e pedir para desligar ou ligar o aparelho.

3. Circulação mínima insuficiente: clientes e garçons trombando entre as mesas pode ser evitado se as medidas mínimas de circulação baseadas na ergonomia forem consideradas em um projeto. O desejo de colocar mais mesas para caber mais pessoas pode ser tentador, mas o incômodo causado pela dificuldade de circulação prejudica o trabalho dos funcionários e pode afastar a clientela.

4. Iluminação fria: falei recentemente sobre o aconchego que traz a luz amarelada, pois bem, se o objetivo é fazer o cliente se sentir bem acomodado, consumindo sem pressa, o ideal é evitar a luz fria do tipo sala de operação. Tudo pode piorar se além de frias, as lâmpadas forem colocadas em excesso. O desafio é desenvolver um projeto com soluções alternativas para as lâmpadas incandescentes.

5. Toalete descontextualizado: já observei restaurantes que não incluem os toaletes no mesmo conceito utilizado no projeto do espaço. Inserir na decoração do toalete itens que tenham a ver com o todo pode criar impressões bem positivas nos clientes. Outra questão para se pensar é onde posicioná-lo, muito próximo às mesas e às vistas dos que estão se alimentando pode tornar a experiência dos clientes no local um tanto desagradável.

Procurei falar de itens de design que, se bem planejados, podem tornar a experiência dentro dos espaços de alimentação muito mais agradáveis a ponto de fazer o cliente voltar sempre. Exceto em franquias que seguem um padrão de design e decoração, os proprietários têm a liberdade de escolher entre oferecer ao seu público um ambiente sem projeto ou um ambiente com projeto de interiores, além de uma ótima comida e atendimento.

restaurante de massas com decoração vintage - foto acervo pessoal de Carina Pedro
Foto: acervo pessoal. Este restaurante de massas tinha uma decoração vintage bem bacana. Mesmo faltando um pouco de iluminação nas mesas, o ambiente podia deixar de ficar aconchegante com lâmpadas frias em excesso. 

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