domingo, 26 de julho de 2015

Variedades: reconstrução do guarda-roupa e minha experiência com o site Enjoei

Nesta semana o tema moda ficou ecoando na minha cabeça depois do workshop da Ana e da Alyce, "Desconstrua a moda e construa o seu estilo". Contei no meu último post que desde que comecei a ler blogs e a participar de eventos sobre esse assunto, senti uma evolução na minha maneira de vestir e de consumir moda. A decisão de criar uma lojinha no Enjoei faz parte desse processo de aprendizado, que não é rápido nem fácil, mas tem seu lado divertido.

Quando construímos o nosso estilo é como se o nosso guarda-roupa passasse a repelir as peças sem uso e a gritar por mais organização. Com as dicas que aprendi nos workshops passei a observar aquilo que não me servia mais por diversos motivos. Retirei do meu guarda-roupa muita coisa que vestia bem aos 20 e não se adequou aos 30 anos. Depois saíram as peças compradas por impulso, que acabava passando o ano todo e eu nunca usava. 

lojinha da Carina Pedro no Enjoei: calça Levis com elastano, vestido pretinho básico e vestido vermelho estampado
Lojinha da Carina Pedro no Enjoei: calça Levis com elastano | vestido pretinho básico | vestido vermelho estampado. 

Minha experiência no site Enjoei

Desde maio de 2014, quando decidi entrar no Enjoei, fui selecionando roupas que estavam nessa situação de "abandono" no meu guarda-roupa, todas em ótimo estado e que certamente fariam outras pessoas felizes. Foi a primeira vez que coloquei artigos à venda na internet e saber que blogueiras, como a Ana, também usavam o site me deu mais confiança. 

Para mostrar os produtos no Enjoei é importante tirar fotos de boa qualidade. Depois de postá-las, a equipe do site faz a curadoria e aprova ou não o seu produto. Nunca tive um produto reprovado, mas já recebi dicas de como fazer fotos mais cativantes pela equipe do site. 

Lojinha da Carina Pedro no Enjoei: camisa longa azulejo português, camisa preta Barred's com babadinho, camisa verde militar Blue Steel
Lojinha da Carina Pedro no Enjoei: camisa longa azulejo português | camisa preta Barred's com babadinho | camisa verde militar Blue Steel. 

Além das fotos dos produtos, o número de vendas, compras, quem você segue, quem te segue e as honrarias ficam visíveis na página principal da sua lojinha. Gosto de colocar na descrição da peça todas a informações que sei sobre a composição e origem. E se faltar alguma informação ou detalhe, respondo todas as perguntas postadas. 

Os preços dos produtos ficam a seu critério, mas é sempre bom pesquisar no próprio site para não cobrar caro ou barato demais. Também levo em conta a marca, quanto paguei e o tempo de uso da peça. Você pode dar descontos quando quiser ou quando o Enjoei convida para participar de semanas temáticas. 

O comprador também pode fazer uma oferta de preço ao vendedor. Confesso que já criei expectativas com essas ofertas, pensando que ia fechar a venda, mas a compra não se confirmou. Sinceramente, não vejo razões para fazerem a oferta sem ter interesse efetivo em comprar. Talvez, seria uma boa o Enjoei limitar o número de ofertas por pessoa. 

Lojinha da Carina Pedro no Enjoei: terninho bege claro Barred's | camisa amarela neon | camisa marrom estampada Luigi Bertolli. 

Ao comprarem na sua lojinha, a equipe do site envia uma mensagem avisando que já está disponível o endereço do comprador para impressão. Nessa hora recebemos mais dicas recomendando o envio do produto em poucos dias, incluindo um recadinho bacana para o comprador. 

Envio a peça em um saquinho de TNT bem cheiroso com o cartão do blog. Compro uma caixa no correio de tamanho adequado e envio sem custos, já que o frete é por conta do comprador. Não deixo de guardar o código de rastreio para verificar se o produto foi entregue. Alguns dias depois, se tudo der certo, o dinheiro fica disponível.

Lojinha da Carina Pedro no Enjoei: sapatilha Melissa verde, sandália animal print rosa Stilleto, sapatilha caveirinha Santa Lolla para C&A
Lojinha da Carina Pedro no Enjoei: sapatilha Melissa verde | sandália animal print rosa Stilleto | sapatilha caveirinha Santa Lolla para C&A

Sobre o resgate do dinheiro é obrigatório ter uma conta no Moip. O Enjoei fica com 20% e o Moip cobra uma tarifa de R$ 2 reais para saques abaixo de R$ 150 reais. Saber desses descontos também é importante na hora de formular o preço do seu produto. 

Embora não seja o foco desse post, vale lembrar que alguns vendedores anunciam também produtos para casa no Enjoei. Na hora de desapegar desse tipo de objeto é bom avaliar se o mesmo não será útil em ocasiões especiais, como em um jantar festivo, por exemplo. A dica para quem está organizando o lar é verificar quais peças aparecem em grande quantidade, os presentes repetidos, os conjuntos que foram quebrando e, então, separar o que pode ser doado ou vendido dos que precisam ser descartados. 

terça-feira, 21 de julho de 2015

Evento: minhas impressões sobre o workshop com Ana Soares e Alyce Takai (SP)

No último domingo participei de mais um workshop sobre moda, em São Paulo, organizado pela Ana Soares, consultora de estilo e autora do blog Hoje vou assim OFF. Desta vez, o título era "Desconstrua a moda e construa seu estilo" e, além da Ana, teve a participação da Alyce Takai, que atua com fashion marketing e posicionamento de marcas. Gostei muito das duas apresentações e aprendi mais um tanto de coisas sobre moda e estilo pessoal.

Do primeiro workshop realizado pela Ana em 2013 até este último que participei no domingo, já consigo perceber uma evolução na forma de me vestir e consumir moda. Não que eu não aprenda a cada dia lendo o blog da Ana, mas o workshop é um momento de aprendizado mais intenso, com trocas de ideias, experiências e questões que nos fazem refletir sobre o tema por dias. Outra coisa bacana é que sempre faço relações com o universo do design de interiores e a necessidade que sentimos de escolher melhor os objetos e estilos em meio a tantos desejos de consumo.

Workshop "Desconstrua a moda e construa seu estilo" com Ana Soares e Alyce Takai  (SP - 19/07/15)
Workshop "Desconstrua a moda e construa seu estilo" com Ana Soares e Alyce Takai    (SP - 19/07/15)

Para este post queria destacar algumas colocações da Alyce e da Ana que me levaram a ter boas reflexões no momento do workshop e que irão ecoar por algum tempo na minha cabeça, principalmente, quando pensar em comprar algo novo para o meu guarda-roupa: 

1. Carência de coisas bonitas: essa colocação da Alyce foi muito interessante, já que não tinha parado para pensar por que algumas vezes "viajamos" na imagem de um produto que está fora da nossa realidade de consumo ou que não tem a ver com o nosso estilo. Pode ser desde um mini acessório até um lugar lindíssimo. As marcas estudam essa nossa carência do belo para criar suas imagens e nos envolver.

2. Moda negativa: já tinha percebido um pouco isso como leitora de longa data de blogs e a Alyce confirmou minha reflexão ao explicar que com a internet houve um processo muito bacana de democratização da moda, porém nos dias de hoje essa troca virtual livre, especialmente, entre blogueiros e leitores, vem se modificando por conta da presença dos conteúdos pagos.   

3. Referências: a dica da Alyce para construirmos nosso estilo é antes de tudo prestarmos atenção na nossa própria imagem. Com o tempo vamos construindo um repertório variado de referências que incluem nosso passado familiar, pessoas que possam nos inspirar com sugestões realistas, ou até em outras fontes, como artes, design, etc. 

4. O dinamismo do estilo: como a Ana bem explicou o estilo pessoal é algo que pode se modificar ao longo da vida e isso não é um problema. A roupa que tinha a ver comigo aos 30 pode não ser a mesma dos 40 anos, uma mudança na carreira pessoal e profissional pode interferir na sua maneira de vestir. Precisamos estar atento as novas preferências e demandas para (re)construir o nosso guarda-roupa. 

5. Descoberta do estilo: independente da fase em que estamos da vida, a Ana compartilhou com a gente três palavrinhas chaves que são super importantes na descoberta do estilo, tolerância, amor e bom humor. É sem dúvida um aprendizado ser tolerante com os pontos fracos do nosso corpo. Tendo consciência disso, a roupa deve servir para favorecer os pontos fortes e nos deixar alegres e satisfeitos com nosso visual (e não os outros). 

6. Nova ética do consumo: novas maneiras de produzir e se relacionar com a moda foram apresentadas pela Ana e pela Alyce por meio de três expressões bem atuais a slow fashion, unfashion e normcore. A primeira expressão se refere aos novos empreendedores da moda que produzem peças de maneira mais lenta, prezando pela qualidade da mão de obra e pela origem dos materiais. A segunda expressão tem a ver com o resgate de peças de família de longa duração e de grande valor afetivo. A terceira expressão está relacionada a um visual despreocupado com tendências, mas que funciona bem no dia-a-dia. 

Apresentação de Ana Soares - blog Hoje vou assim OFF - no workshop "Desconstrua a moda e construa seu estilo"  (SP - 19/07/15)
Apresentação de Ana Soares no workshop "Desconstrua a moda e construa seu estilo"   (SP - 19/07/15)
Fotos: workshop Ana Soares e Alyce Takai (acervo pessoal)

Todas essas colocações que destaquei e outras tantas informações que recebi nos workshops da Ana têm me ajudado a (re)construir o meu guarda-roupa dia após dia. No ano passado, por conta dessas mudanças, eu criei a lojinha da Carina Pedro no Enjoei e coloquei à venda roupas e sapatos que comprei no impulso ou que não me serviam mais. Admito que isso não é um processo fácil nem rápido, mas é divertido e gratificante. Sobre os outros workshops da Ana que participei escrevi dois posts: minhas impressões sobre o primeiro workshop e sobre o segundo workshop do blog Hoje vou assim OFF.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Profissão: projetando interiores com AutoCAD 2D

Semana passada finalizei o curso básico de AutoCAD 2D. Já tinha citado em outros posts da tag profissão minha vontade de estudar esse software. Como durante o curso de design de interiores não houve aulas suficientes para aprender nem praticar os diversos comandos do programa, senti a necessidade de estudá-lo em um curso específico. Escolhi a opção de 42h/aula, no Senac-Santos, instituição que é autorizada pela desenvolvedora do software, a Autodesk

O AutoCAD é um software muito usado pelos profissionais da área de engenharia, arquitetura, design, entre outros, para criar desenhos bidimensionais (2D) e tridimensionais (3D) com precisão absoluta. A primeira versão do programa é de 1982 e, de lá para cá, o software vem sendo aprimorado pela Autodesk. No curso do Senac aprendemos a versão 2014, embora já tenha sido lançada a 2016, as diferenças não são grandes. Para este post optei por comentar algumas vantagens e desvantagens que percebi ao longo do curso de AutoCAD 2D no que diz respeito ao projeto de interiores.

Vantagens:

1.Plantas: no caso dos interiores é muito importante estudar a circulação, a distância entre os objetos e mobiliário e as diversas maneiras de distribui-los, levando em conta as dimensões dos ambientes e do corpo humano. O AutoCAD 2D nos ajuda a fazer este estudo com precisão e detalhamento, imaginando que estamos olhando "de cima" a uma altura de 1,50 m do chão.  

2.Vistas: em outra posição, como se estivéssemos olhando "de frente", podemos estudar melhor a altura dos objetos e dos móveis, levando em conta o pé direito do ambiente e as dimensões do corpo humano. É possível detalhar, por exemplo, a distância entre a luminária e o balcão, entre as prateleiras de um armário, etc. 

3.Paginação de piso: podemos estudar diferentes tamanhos e combinações de piso para um mesmo ambiente, definindo onde começa e termina os revestimentos escolhidos, levando em conta portas com soleiras e outros detalhes.  

4.Iluminação: podemos estudar e indicar tanto a posição como a quantidade de luminárias, assim como os interruptores e circuitos elétricos. No caso de uma reforma de interiores pode haver a necessidade da instalação ou mudança de local das tomadas e outros itens, por isso poder indicar na planta as alterações será muito útil.  

5.Camadas: um bom exemplo da vida real que foi utilizado para explicar os uso de camadas no AutoCAD é o desenho no papel manteiga. Em termos de software, isso significa que cada elemento do seu desenho deve corresponder a uma camada com características específicas de cor, espessura e tipo de linha, podendo deixá-la visível ou invisível dependendo da sua necessidade.   

6.Escalas, cotas e penas: há a possibilidade de imprimir os desenhos em diferentes escalas, definindo as espessuras de linha e as cotas de acordo com a norma técnica e imprimir o desenho em formatos diversos, como jpg, pdf e plt, utilizando desde uma impressora comum até uma plotter. 

Desvantagens:

1.Blocos: no AutoCAD os blocos (louças, eletrodomésticos, plantas, etc.) podem ser criados por nós ou inseridos prontos no projeto. Isso facilita bastante, mas seria interessante que houvesse mais blocos específicos relacionados à área de interiores, para que pudéssemos sugerir na planta ou vista quando necessário, entre eles, móveis e luminárias de design. 

2.Hachuras: são as hachuras que possibilitam inserir textura e preencher com cores os desenhos feitos no AutoCAD, porém este comando é bem mais chato de usar do que eu imaginava. Por isso, optar por esse software para estudar composições estéticas pode ser bem trabalhoso. 

3.Configurações: é possível configurar letras, cotas, modos de impressão, uma série de coisas e, finalmente, criar um template personalizado com todas as suas preferências. Porém, fazer essas configurações exige um passo-a-passo nada intuitivo. Precisei anotar tudo com detalhes para conseguir repetir sozinha. 

Há mais vantagens do que desvantagens em aprender o AutoCAD 2D e eu recomendo fazer o curso. Foi comentado durante as aulas que muitas pessoas aprendem no dia-a-dia a usar o software, porém sem a instrução de um profissional especializado, pode acontecer de usá-lo de maneira inadequada ou simplesmente não aproveitar todo o seu potencial. Outra questão importante é que usamos o AutoCAD em inglês, isso pode ser um complicador para quem não conhece muito bem o idioma e tenta entender o programa sozinho.

AutoCAD 2D - software muito usado pelos profissionais da área de engenharia, arquitetura e design. (imagem ilustrativa)

sábado, 11 de julho de 2015

Decoração: plantas domésticas

Algumas semanas atrás minha mãe foi viajar e me deixou encarregada de cuidar de suas plantinhas. Como era pouco tempo e só tive que colocar água, não enfrentei grandes dificuldades para mantê-las vivas, mas sei que esta tarefa poderia se tornar complicada por um longo prazo, já que as plantas naturais precisam de outros cuidados. Depois dessa experiência e de ler vários relatos de pessoas que não conseguem manter suas plantas domésticas saudáveis e vistosas, resolvi bater um papo com minha mãe sobre o tema. 

A convivência da minha mãe com plantas é antiga. Morando em casa, ela já chegou a ter mais de vinte vasos, hoje, em apartamento, são treze. Entre as suas plantas preferidas estão as samambaias e as suculentas que a acompanham firmes e fortes por mais de vinte anos. Além dessas, tem também dracenas (dizem ser ótimas para absorver toxinas no ar), renda portuguesa, palmeirinha, manjericão e outras. Para este post selecionei alguns cuidados básicos que minha mãe tem tido com suas plantas de longa data: 

plantas: confete, samambaia e manjericão. Blog Carina Pedro
Na área de serviço: confete, samambaia, manjericão. 

1. Terra: quando minha mãe compra ou ganha uma planta o primeiro cuidado é com a terra que vai no vaso. Precisa ser uma terra adubada, se tiver como colocar terra com esterco, será ainda melhor. Uma vez por mês minha mãe costuma afofar com cuidado a terra utilizando um garfo (talher mesmo, mas pode ser um específico) para que fique menos dura. De dois em dois meses ainda coloca um pouco de fertilizante líquido em cada vaso. 

2. Água: minha mãe está sempre de olho no calor que fez durante o dia. Por exemplo, as suculentas são super resistentes mesmo que faça um calor daqueles, chegando a ficar um mês sem precisar aguá-las, porém é preciso ressaltar que os vasos que ficam na varanda aberta recebem água da chuva. No outro extremo está o manjericão, que praticamente "morre de sede" no calor e acaba precisando de água ao final dos dias quentes. Para as demais plantas a frequência comum é receber água de três em três dias. 

plantas na sala de estar: trepadeira, samambaia e dracena. blog Carina Pedro
Na sala de estar: um tipo de trepadeira, samambaia e dracena. 

3. Sol: assim como a água, existem plantas que vão precisar de mais luminosidade e outras menos. Mesmo quem não conhece profundamente as especifidades de cada uma delas, consegue perceber, observando na prática, como a planta se comporta ao sol e à sombra. A samambaia, por exemplo, não gosta de sol direto, já algumas suculentas ficam super bem. Notando isso e também como é a incidência solar nos diferentes ambientes da casa, minha mãe escolheu distribuir suas plantas pela área de serviço, sala de estar, varanda e hall de entrada. 

4. Vasos: há vários tipos de vasos para plantas, alguns mais resistentes, outros menos. Minha mãe tem dois de cerâmica bem bonitos, dois de concreto super pesados, o restante de terracota, que sem impermeabilização, acabaram ficando manchados, além do xaxim onde está uma das samambaias. Com o tempo é importante observar se as raízes estão aparentes, pois isso pode ser uma indicação de que o vaso escolhido ficou pequeno para a planta e é preciso fazer a troca. 

no hall de entrada: dracenas e suculentas. blog Carina Pedro
Hall de entrada e varanda: dracenas e suculentas. 

5. Folhas x flores: entre os vasos da minha mãe não é comum aparecer flores. Já houve algumas tentativas de cultivar plantas que florescem, mas como não vingaram no apartamento, minha mãe preferiu as folhagens. De fato, acho que insistir em uma planta difícil pode deixar a gente frustrado. Em termos decorativos, também é possível fazer belas composições com folhas de texturas diferentes. Sem falar nos cheiros e sabores das ervas, como o manjericão, que podem ser usadas na comida. 

Depois de todos esses cuidados básicos há ainda um ingrediente importantíssimo para que dê tudo certo: amor por plantas! Minha mãe sempre teve muito carinho com suas plantinhas e até conversa com elas. Mesmo quando viaja, está sempre preocupada, passando instruções. Com toda essa atenção, faça chuva ou faça sol, elas vão durar por muitos anos, absorvendo energias ruins, proporcionando beleza e aconchego nos ambientes.

plantas: aspargo, renda portuguesa e palmeirinha. também na imagem o fortificante para plantas. blog Carina Pedro
Na sala de estar: aspargo e renda portuguesa; área de serviço: palmeirinha; fortificante líquido.

sábado, 4 de julho de 2015

Variedades: dois eBooks para ler no Kindle "O tempo é um rio que corre" e "Nu, de botas"

Depois que descobri no meu Kindle um livrinho chamado "meus recortes" fiquei ainda mais empolgada com o eReader. Tudo que a gente grifa e adiciona marcadores durante a leitura vai para essa espécie de caderno de notas que podemos consultar quando quisermos. Tenho feito isso sempre que me deparo com uma frase ou trecho mais marcante do livro. Alguns, inclusive, chego a compartilhar no meu twitter (carina_pe) de tanto que me empolgo! Fiz isso com os dois últimos eBooks que li: "O tempo é um rio que corre" da Lya Luft e "Nu, de botas" do Antonio Prata. 

Capa do livro "O tempo é um rio que corre" de Lya Luft


A indicação do livro da Lya Luft, "O tempo é um rio que corre", eu peguei assistindo ao programa Saia Justa do canal GNT. Adorei o título e fiquei bem curiosa com os comentários das participantes do programa. Ao longo do livro, as memórias e reflexões da autora sobre a sua longa existência são divididas em três partes com nomes bem sugestivos: Águas mansas, Maré alta e A embocadura do rio. Fiquei especialmente tocada com a maneira com que Lya Luft fala da velhice, uma fase que pode ser muito leve e alegre se for vivida com sabedoria. Encontrei também muitas passagens que são verdadeiros conselhos aos jovens e que trazem alento em meio àquela ansiedade típica de uma fase em que se quer conquistar o mundo. 

Apesar de não ser um livro de auto-ajuda, ao longo da leitura, marquei vários trechos que releio quando preciso, um deles até citei na minha mensagem de Ano Novo. Para este post, escolhi outra passagem bem interessante, em que a autora compara a vida à construção de uma casa:

"A vida é uma casa que construímos com as próprias mãos, criando calos, esfolando joelhos, respirando poeira. Levantamos alicerces, paredes, aberturas e telhado. Podem ser janelas amplas para enxergar o mundo, ou estreitas para nos isolarmos dele. Pode haver jardins, pátio, por pequenos que sejam, com flores, com balanços, para a alegria; ou só com lajes frias, para melancolia".

Demais, né? Para reler sempre!

capa do livro "Nu, de Botas" de Antonio Prata


Outro livro muito bacana em que o autor também compartilha suas memórias, mais especificamente da sua infância, é o "Nu, de botas", de Antonio Prata. Pelo título já dá para ver que o humor estará presente nas páginas do livro. E está mesmo, como em outros livros de crônicas do autor "As pernas da tia Corália" e "O Inferno atrás da pia", que foram os primeiros que li há uns bons anos e que me fizeram tornar fã do cronista. Quem foi criança nos anos 80 vai se identificar com várias passagens e dar boas risadas com "Nu, de botas". Acho que especialmente os meninos vão se divertir muito com os "dramas" infantis vividos por Antonio Prata junto aos seus parentes e amigos nos lugares de sua infância. 

Entre as crônicas que mais gostei estão o Alô, Bozo?, Cueca e Blowing in the wind, na qual marquei este trecho muito divertido para quem foi criança nos anos 80, ops, eu inclusive..rsrsrs..:

"...Hoje em dia, se a polícia para um carro e flagra uma criança nessa posição, o motorista deve perder a carteira, talvez até a guarda dos filhos, mas estávamos na primeira metade da década de 80: não se usava cinto de segurança nem protetor solar, pessoas não andavam por aí com garrafinhas d'água, como se fosse o elixir da vida eterna, fazíamos cinzeiros de argila para os pais nas aulas de artes e o colesterol era apenas uma vaga ameaça de gente paranoica, como a CIA ou a KGB, de modo que eu seguia feliz e contente, estrada acima, entretido com as árvores passando lá fora, de cabeça para baixo."

Lembrando que ambos os livros estão à venda na Amazon também em formato físico. É só clicar nos links em laranja. Quem gosta deste tipo de post, tem outros dois aqui no blog com indicações de e-books que li e gostei: os livros "Perda Total" e "Caixa Preta" de Ivan Sant'Anna e 2 eBooks para ler no Kindle "O lado bom da vida" e "Emprego dos sonhos".

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Design de interiores: cinco itens de um restaurante que merecem atenção especial

A última vez que fui conhecer um novo restaurante foi no meu aniversário (mostrei algumas fotos no meu Instagram: carina_pe). A experiência foi ótima, saí muito satisfeita, não só com a comida e com o atendimento, mas também com os elementos do design de interiores que achei muito bem resolvidos. Só que infelizmente isso não acontece sempre! Pensando sobre o tema, resolvi fazer uma continuação do post em que abordei os "cinco itens de uma casa que merecem atenção especial", só que mudando o foco para espaços comerciais de alimentação.

Também nesses espaços, como designer de interiores, é difícil não fazer uma análise mínima do que está diante dos meus olhos. Neste caso, por se tratar de um ambiente comercial, ter uma boa impressão dos interiores, pode colaborar para que eu me torne uma cliente assídua e faça uma boa propaganda do lugar. Como no post sobre residências, escolhi falar de cinco itens de um restaurante que não passam batidos pelos olhos atentos de um designer de interiores:

1. Revestimento inadequado: é importante saber que existem diversos revestimentos para piso e parede mais indicados para interiores comerciais. Na hora de escolher é preciso verificar as especificações do fabricante. A opção errada pode deixar o ambiente mais barulhento, mais inseguro e até aparentando mais sujo. Sabe aquele piso que até uma mínima gota aparece? Nada bom para espaços de alimentação onde é difícil evitar que coisas caiam no chão. 

2. Desconforto térmico: levo em conta tanto o excesso de frio causado por um aparelho de ar condicionado mal direcionado para nossa mesa, assim como o calor que a gente sente em um ambiente mal ventilado. Já aconteceu de mudar de lugar mais de uma vez até que eu me sentisse confortável no espaço e também de ficar sem opção e pedir para desligar ou ligar o aparelho.

3. Circulação mínima insuficiente: clientes e garçons trombando entre as mesas pode ser evitado se as medidas mínimas de circulação baseadas na ergonomia forem consideradas em um projeto. O desejo de colocar mais mesas para caber mais pessoas pode ser tentador, mas o incômodo causado pela dificuldade de circulação prejudica o trabalho dos funcionários e pode afastar a clientela.

4. Iluminação fria: falei recentemente sobre o aconchego que traz a luz amarelada, pois bem, se o objetivo é fazer o cliente se sentir bem acomodado, consumindo sem pressa, o ideal é evitar a luz fria do tipo sala de operação. Tudo pode piorar se além de frias, as lâmpadas forem colocadas em excesso. O desafio é desenvolver um projeto com soluções alternativas para as lâmpadas incandescentes.

5. Toalete descontextualizado: já observei restaurantes que não incluem os toaletes no mesmo conceito utilizado no projeto do espaço. Inserir na decoração do toalete itens que tenham a ver com o todo pode criar impressões bem positivas nos clientes. Outra questão para se pensar é onde posicioná-lo, muito próximo às mesas e às vistas dos que estão se alimentando pode tornar a experiência dos clientes no local um tanto desagradável.

Procurei falar de itens de design que, se bem planejados, podem tornar a experiência dentro dos espaços de alimentação muito mais agradáveis a ponto de fazer o cliente voltar sempre. Exceto em franquias que seguem um padrão de design e decoração, os proprietários têm a liberdade de escolher entre oferecer ao seu público um ambiente sem projeto ou um ambiente com projeto de interiores, além de uma ótima comida e atendimento.

restaurante de massas com decoração vintage - foto acervo pessoal de Carina Pedro
Foto: acervo pessoal. Este restaurante de massas tinha uma decoração vintage bem bacana. Mesmo faltando um pouco de iluminação nas mesas, o ambiente podia deixar de ficar aconchegante com lâmpadas frias em excesso. 

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